segunda-feira, 2 de agosto de 2010

FIDEL CASTRO CUSPIU NO PRATO ONDE COMEU

A ala inteligente de nossa geração adorava o CHE e não estávamos nem aí pro FIDEL. De CUBA reconhecíamos a garra de CAMILO CIENFUEGOS (dizem que seu desparecimento no dia da invasão americana da BAIA DOS PORCOS, em La Batalla de Girón, tem o dedo de FIDEL por trás). CASTRO era FIDEL, portanto FILHO de alguém - herdeiro de sua opinião particular. Enganou-se pensando ter encontrado a grande verdade, após tê-la cristalizado. Apesar de ter sofrido uma exclusão internacional por parte dos EUA, CUBA não seria muito mais do que é hoje, pois FIDEL cuspiu no prato onde comeu. Seu prato era de prata argentina. A verdade está no âmbito do alvo que sempre se procura. Quando a encontramos, se estamos sadios, ela nos dá as costas para que continuemos no exercício da arte real de sua busca permanente.
O homem que a cristaliza, acredita estar em pé no centro do universo e se desencanta a si e aos outros, com o tempo. Porém, o homem que sempre a procura, encontra o centro do mundo em todas as partes e vive maravilhado deste encanto.
Assim, a verdade é original e GUEVARA sabiamente não a encontrou nunca. Saiu de CUBA, embrenhou-se nas selvas bolivianas para ensinar aos campesinos uma nova forma de viver, sob a égide do cooperativismo. Foi executado pelas mãos da CIA, mas sua verdade nunca desapareceu, porque ele não morreu abraçado com ela. Ela o acompanhava como o ETERNO IAVÉ acompanhava MOISÉS numa nuvem misteriosa. Sua partida promovida pela violência não do norte-americano, mas do ser humano violento, porque não podemos confundir população de um país com política nojenta, simbolizou todas as torturas e mortes que nossa geração sofreu. Quando não tínhamos mais lágrimas para chorar, nossos olhos suavam de dor.

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