quinta-feira, 17 de março de 2011

(HOMENAGEM ÀS MULHERES) SÓ PARA ELAS, EM ATENÇÃO AO PROF. CICA

Quando meu amigo Prof.Cica, me pediu um poema sobre as mulheres, ele sabia que eu iria recebê-lo pela graça da inspiração. Eu saí pelo corredor como um menino caçador de borboletas e em cinco minutos já tinha o poema em mãos.
Diante deste poema para as mulheres, reflito que poesia não se escreve. Não sou escritor de poesias. Sou simplesmente poeta. Estar nesta condição é ser um coletor/caçador das palavras que estão esparzidas por aí nas miríades de sinfonias silabais que florescem pelo cosmo.

SÓ PARA ELAS

Eu queria falar das mulheres, sem falar das flores,
sem tocar nas primaveras, sem desvelar a graciosidade do belo.
Mas como falar delas, se tudo isto são elas?
Eu queria sentar-me em minha mesa de jantar,
estar ali simplesmente mitigando o alimento,
fingir-se esquecido da vida,
deixar-se abandonado de mim,
Mas não tem como estar, não há forma nenhuma
de permanecer assim,
pois a toalha é lindamente bordada,
a xicara é elegantemente colocada entre os talheres,
no centro da mesa há uma jarra esbelta e bem contornada,
não faz três dias que elas cuidaram da casa,
existo no mundo maravilhoso das mulheres!
Eu queria abrir minhas janelas, e não são poucas,
e despertar minhas cortinas para os ventos matinais,
como se fosse capaz de dar um ar de festa
ou ser um expert no embelezamento ambiental,
mas quando me aproximo delas, foram as mãos femininas
que bordaram seus sinais,
mãos dóceis, mãos distantes em tardes fabris,
enquanto eu desfiava notíciais nos jornais,
o meu mundo não seria doce e minha vida seria sem sal,
que seria de nosso mundo sem vocês mulheres?

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