domingo, 28 de agosto de 2011

O CAMINHO DO BOM SENSO



Muitas vezes cometemos sérios erros, porque não sabemos parar. O que significa refletir? Não seria o mesmo que analisar-se? Voltar seu pensamento sobre si e esmiuçá-lo, para evitar erros repetidos? Pois bem, a reflexão é a arte de pensar o que pensa o pensamento. Se é uma capacidade filosófica, não significa que seja apenas para pessoas especiais, filósofos ou iniciados.
O Eterno dá possibilidade para que todo ser humano pratique a reflexão.
Mas não é fácil, não é? Quantas vezes erramos e muitas vezes repetimos nossos erros.
Uma maneira muito simples, é parar. Parar, contar até sete e pensar, antes de decidir, de abrir a boca para responder algo. Este seria o verdadeiro sentido de premeditar. Esta palavra, como muitas outras, se desgastaram e perderam o brilho do seu verdadeiro valor.
Premeditar, seria meditar antes de tomar decisões que poderiam alcançar rumos descontrolados em nossa existência.
Repito: é muito simples. Diante de qualquer situação confusa, inspire profundamente, por exemplo contando até sete; retenha a respiração contando até três e expire lentamente contando até sete. Bom seria que fosse uma respiração diafragmática, o que se aprende com qualquer professor de yoga.
Faça isto sete vezes e depois verá que com certeza terá uma resposta mais sábia para uma decisão conflitante.
Outro exercício também muito interessante para ser realizado à noite, antes de dormirmos: fazermos uma relembrança de todo o nosso dia, desde a hora que levantamos até a hora em que nos deitamos. Um resumo rápido. Deter-se nos pontos mais importantes e trabalhá-los meditando sobre eles.

sábado, 13 de agosto de 2011

RETRATO

Do meu livro "Retalhos de poesias"

Quem viu aquele
retrato?
Aquele sobre a
mesa do centro?
Alguém viu?
Não? Não viu
ninguém?
Cada pessoa fotograda.
Cada uma sorrindo.
Cada qual mais
encostada.
Umas por fora,
outras por dentro.
A família se reunindo.
Naquele retrato o
que mais importava?
Aqueles rostos
sorridentes?
A camisa bem passadinha
ou a saia plissadinha?
Somente as cinzas.
As cinzas semelhantes
aos cabelos grisalhos.
As cinzas que não
são terra nem realidade.
O que importava naquele
retrato,
estava na sua alteridade.
Moldura feita de cinzas.
Último pedido do
velho ao lado.